terça-feira, setembro 08, 2009

How to Kill Inside...

Lição número 1:

Bia: você sabe que sou boa em matar sentimentos, né?
posso te explicar mais ou menos o meu processo.
mas vou adaptar a sua realidade...
primeiro: você tem q sentir que fez o que podia.
passou anos se relacionando, viu que não dava certo.
ainda tentou, deu chances, foi atrás, conversou, teve paciência.
mostrou para Deus, para os seus familiares e para ela que estava
querendo tentar independente de ter sido da melhor forma
possível, afinal SEMPRE tem como se melhorar, não se pode
querer perfeição. deu o seu melhor, dentro do que podia, afinal,
não depende só de um. então é preciso ter esse sentimento, o
sentimento que você REALMENTE fez o que podia, que tentar
mais só faz cair em um ciclo que trava, não anda, só um vício,
misturado com comodismo, lembrança e aflição.
esse ponto é o mais importante.

Fulano: continua...

Bia: primeiro preciso saber se você consegue esse primeiro, se entende, consegue e concorda. ele é realmente o mais importante, essa sensação que embasa todo o processo.

Fulano:
acho que sim, dá pra me esforçar.

Bia:
certo, essa é a base, então quando vier algum pensamento
contrário, vôce vai lembrar disso:
'eu fiz o que pude, eu sou o que sou, ela é o que é, e a gente junto vai ser o que éramos, eu fiz o que pude, eu mereço ser feliz'
em consequência disso existe um sentimento, que eu acho
que vc já temque amarga na boca: derrota.

Fulano: :/ isso, fracasso

Bia: no começo esse sentimento é ruim, mas ele ajuda muito.
é natural essa baixa.mas esse é um sentimento que constrói, sendo
que só ajuda se você pensar nele como algo ruim, que não quer sentir de novo e por isso vai se melhorar, se entender e com a próxima pessoa, vai ser diferente, e assim você não vai sentir de novo esse gosto. bom, estou falando como eu faço. filtra como achar melhor, certo?
foca nas idéias centrais.

Fulano: pelo menos vc entende minha aflição.

Bia: claro que sim. o que quero te mostrar é que isso tudo pode ser construtivo.

Fulano: é difícil viu :~~~

Bia: bom então recaptulando, o sentimento de que fez tudo possível
a frase: 'eu fiz o que pude, eu sou o que sou, ela é o que é, e a gente junto vai ser o que éramos, eu fiz o que pude, eu mereço ser feliz' quando pensar em recaídas.
O gosto da derrota.
E a parte construtiva que é quanto mais doer, mais pensar em se trabalhar e se empenhar, por um simples motivo: não querer sentir isso de novo.
Sim, pode ser difícil, mas é edificante sabe? Você se sente gratificado ao término.
Engrandece, amadurece, fortifica, muito bom. Vale a pena.

Fulano: huhum,e eu preciso estar muito concentrado nisso né? focado

Bia: isso do foco é outro ponto importante, precisa ter o foco certo, se você focar na ex você dá força ao sentimento por ela, entende?precisa focar em você, e isso vem da base, que é onde você constata que se dedicou como pode a ela, ao relacionamento então agora é a vez de se dedicar a você...o foco é você, você se superar, ser um pouco egoísta, estar bem.
se focar errado.... o processo não acontece.



quinta-feira, setembro 03, 2009

Nem melhor, nem pior, simplesmente resistente

Se o tiro não foi efetivo,
a dor de atirar foi.
Os frangalhos cambaleiam,
em pé não conseguem ficar.
Se declama paciência?
Meu trato de paz com essa palavra já cessou.
Tempo indeterminado é a promessa,
que de valia nada tem.
E o embate interno tenta mostrar
qual o melhor caminho poderá ser.
E quando a dúvida é a palavra fincada,
mais uma vez se decide vestir a roupa encostada.
A resistente, a firme, a fria.
A quem interessar possa, ela já se encontra instalada,
por tempo indeterminado, tendo valia.
O nó, a lágrima e o aperto irão sumir no véu da razão.
Diminui o galope, o golpe já foi articulado,
e o gelo há de tomar conta.